domingo, 6 de maio de 2012

Uso de Internet em escolas ajuda a melhorar Educação em Piraí


       A introdução do uso da internet e de computadores portáteis pelos alunos da rede pública de ensino de Piraí, no sul fluminense, foi decisiva na melhora da educação no município. Na escola pública que há mais tempo disponibiliza internet e laptops aos alunos – a Professora Rosa da Conceição Guedes –, houve um aumento expressivo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do  Minsterio da Educação (MEC).
      Na medição feita antes da chegada dos computadores, em 2005, a unidade de ensino obteve índice de 2,6. Esse número subiu para 4,2 em 2007, meta prevista pelo ministério para ser atingida em 2015. A evasão escolar registrada foi de apenas 0,6% no último ano.
      A escola, um Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) municipalizado em 2005, foi uma das primeiras do município a ter um laboratório com computadores conectados à internet, cedidos pela prefeitura. A iniciativa resultou de um projeto de inclusão digital iniciado no final dos anos 90.
    “A gente viu que o grande lance de você trazer a internet é dar informação para as pessoas, e isso somaria mais na área de educação. O primeiro ponto que a gente fez foi interligar todas as escolas e colocar laboratório de informática com banda larga”, destaca o  coordenador-geral do projeto Piraí Digital, Gustavo Tutuca.
    Os bons resultados obtidos pelo município com a criação dos laboratórios digitais em todas as escolas públicas, onde os alunos podem usar computadores com internet, fez com que a cidade fosse uma das cinco escolhidas pelo governo federal para participar do projeto experimental Um Computador por Aluno (UCA), do Ministério da Educação (MEC).
      A Escola Professora Rosa da Conceição Guedes já disponibiliza, nessa parceria com o MEC, desde 2007, um laptop conectado à internet para cada aluno e professor. A partir de março de 2010 todos os estudantes da cidade terão um computador portátil, com conexão à rede mundial. Em uma segunda fase, os estudantes poderão levar os laptops para casa e acessar a web. A ideia é promover também a inclusão digital dos parentes.
      A introdução do uso do notebook e da internet no ensino causou profundas mudanças no processo pedagógico desenvolvido nas escolas públicas da cidade. Para enfrentar o mundo digital, professores e alunos tiveram de se adaptar a uma nova realidade.
    “É uma quebra de paradigma muito grande. Nós fomos para a faculdade e aprendemos de um jeito, a ensinar de um jeito. E a gente está tendo que reaprender tudo. É uma coisa nova, sem parâmetros. A gente está aprendendo com os alunos também”, afirma a diretora da escola, Lea Maria Peixoto.
     Segundo ela, o novo sistema alterou o convívio entre os estudantes e os colocou “em pé de igualdade”, facilitando a socialização. “Uma das justificativas que a gente tinha na orientação educacional, quando a gente chamava o pai para saber por que aquele aluno estava com aquela nota, era que a criança era tímida, tinha vergonha de perguntar para o professor com medo de o colega o chamar de burro”, diz a diretora.
   “Quando o computador chegou, os alunos passaram a se respeitar mais, ‘nós estamos aqui iguaizinhos, eu não sei mais, você não sabe, eu sei um pouco, você sabe um pouco, vamos juntar’. O número de brigas diminuiu, a indisciplina na sala caiu bastante”, conta.
     Mas não foi só entre os alunos que a relação melhorou. O computador ajudou a desfazer a imagem de que o professor é superior aos alunos, e abriu espaço para os estudantes ensinarem aos docentes como lidar com o novo equipamento.
    “Antes, o professor ensinava. Eu mando, eu sei. Quando chegou esse bichinho aqui... ‘Travou, e aí? Eu não sei o que eu vou fazer. Rodrigo, vem cá! Maria vem cá, me ajuda!’ E aí facilitou essa aproximação”, destaca. 

O Brasil ocupa o 5º lugar no mundo de países que mais ficam conectados


     Segundo uma pesquisa feita pelo Ibope NetRatings, somos 79,9 milhões de internautas tupiniquins, sendo o Brasil o 5º país mais conectado. De acordo com a Fecomércio-RJ/Ipsos, o percentual de brasileiros conectados à internet aumentou de 27% para 48%, entre 2007 e 2011. O principal local de acesso é a lan house (31%), seguido da própria casa (27%) e da casa de parente de amigos, com 25% (abril/2010). O Brasil é o 5º país com o maior número de conexões à Internet.
Internautas ativos
    46,3 milhões de usuários acessam regularmente a Internet. 38% das pessoas acessam à web diariamente; 10% de quatro a seis vezes por semana; 21% de duas a três vezes por semana; 18% uma vez por semana. Somando, 87% dos internautas brasileiros entram na internet semanalmente.
    Segundo Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope//NetRatings, o ritmo de crescimento da internet brasileira é intenso. A entrada da classe C para o clube dos internautas deve continuar a manter esse mesmo compasso forte de aumento no número de usuários residenciais.
Tempo médio de navegação
   Desde que esta métrica foi criada, o Brasil sempre obteve excelentes marcas, estando constantemente na liderança mundial. Em julho de 2009, o tempo foi de 48 horas e 26 minutos, considerando apenas a navegação em sites. O tempo sobe para 71h30m se considerar o uso de aplicativos on-line (MSN, Emule, Torrent, Skype etc. A última marca aferida foi de 69 horas por pessoa em julho de 2011.

Comércio eletrônico

  Em 2008 foram gastos R$ 8,2 bilhões em compras on-line. Em 2009, mesmo com crise, foram gastos R$ 10,6 bilhões. 2010 fechou com R$ 14,8 bilhões, atingindo 1/3 de todas as vendas de varejo feitas no Brasil e em 2011 foram gastos R$ 18,7 bilhões. Ainda assim, apenas 20% dos internautas brasileiros fazem compras na internet; aqueles que ainda não compram, não o fazem por não considerar a operação segura (69%) ou porque não confiam na qualidade do produto (26%).

Publicidade on-line

   A internet se tornou o terceiro veículo de maior alcance no Brasil, atrás apenas de rádio e TV. 87% dos internautas utilizam a rede para pesquisar produtos e serviços]. Antes de comprar, 90% dos consumidores ouvem sugestões de pessoas conhecidas, enquanto 70% confiam em opiniões expressas online.